Lembro que lá em casa tinha vários cofrinhos amarelos em forma de porco, e toda moeda que sobrava, que eu achava perdida pela casa, era "engolida" pelo tal porco. E quando chegava as férias, era hora de sacrificar o pobre (não tão pobre assim) bichinho...
Era aquela festa, aquele monte de moeda ... As moedas de 1, 5 e 10 centavos dominavam o estômago do porquinho, e depois de um bom tempo de espera o que eu tinha ? Algo por volta de 70,80 reais, quando tinha sorte, beirava os R$100. E era o suficiente para viajar com a minha avó (claro, ela bancava tudo), para comprar minhas figurinhas, balas,...
Hoje, não consigo mais juntar dinheiro em casa, num cofre seja ele de porquinho ou não. Ou melhor, não consigo mais juntar dinheiro!
E os tais 100 reais somem assim, num estalar de dedos...
Ganho em um mês o que talvez eu precisaria de muitos porquinhos para chegar nisso. Não, não ganho fortuna nenhuma, mas com certeza é bem mais do que eu tinha alguns anos atrás.
Ok, poderíamos em uma visão mais administrativa considerar fatores como inflação, independencia em algumas coisas, compromissos, gastos com material, passagem, faculdade,... Mas nada tira da minha cabeça que é uma mudança muito drástica.
Como eu vivia com R$100 por ano e hoje gasto essa quantia em 2 semanas?
Parece que quando nós crescemos , tudo cresce com a gente ...
Crescem as responsabilidades, você ganha mais dinheiro, você gasta mais dinheiro ... Cresce a falta de tempo, e também as necessidades , a gente tem mais vontade de consumir mais ...
O que fazer?
Sem dúvida alguma, se eu fizesse essa pergunta para minha mãe ela diria : - Sai menos!
Se fosse com a minha irmã, ela diria : - Se controla !
Mas, de verdade, eu gasto o necessário para viver bem , estudar e ter minha vida social (afinal ninguém é de ferro). Talvez eu pudesse virar hippie, e viver de luz, mas vai bem contra meus princípios.
Bom, acho que é a HORA DE BOTAR EM PRÁTICA uma matéria chata da faculdade, chamada GESTÃO E PLANEJAMENTO PESSOAL.
Parar, riscar as metas, estabelecer prazos e limites.
