Queria deixar registrado aqui algumas coisas que andei refletindo desde o último sábado.
Coisas que me chatearam, e ao mesmo tempo serviram para fortalecer minha fé e muitos valores agregados a ela.
Vou começar citando um trecho do texto escrito na apresentação do livro que estou lendo atualmente, O Evangelho Maltrapilho (Brennan Manning) , que diz muito sobre essa reflexão ...
Conta a história que um pecador notório foi excluído e proibido de entrar na igreja. Ele levou as suas dores a Deus:— Eles não me deixam entrar, Senhor, porque sou um pecador.
— Do que é que você está reclamando? — Deus perguntou. — Eles também não me deixam entrar.
Assim como o "maltrapilho" do livro de Manning, pude vivenciar a mesma situação no último fim de semana. Literalmente, fecharam a porta quando eu quis entrar!
Por mais que possa não aparentar ser a pior das coisas do mundo, isso ficou remoendo na minha cabeça. Já tinha a pouco tempo passado por uma situação semelhante, mas só quando ela me atingiu diretamente é que eu pude sentir como essa situação é desagradável.
Fiquei bastante chateada e me perguntava: Como alguém pode dizer se sou ou não autorizada a estar na igreja, na casa de Deus? Quem são os humanos para dizerem se esse ou aquele pode estar na Igreja ou quando podem lá estar? Será que alguém tem direito de isolar a igreja e restringir a entrada de pessoas conforme sua vontade?
Em momento algum isso abalou minha fé, meu seguimento a Cristo , pelo contrário, me fez ver o quanto é preciso estarmos vigilantes, pois quando e de onde menos se espera, vem algo para tentar te desviar do caminho da verdade. Porém, isso é preocupante. Graças a Deus e a minha formação, levei o acontecido por esse lado, mas imagina se o mesmo acontecesse com alguém que não tivesse esse pensamento? Será que essa pessoa não generalizaria e culparia a Igreja em si ao invés de culpar os homens que o fizeram?
Com isso, uma das perguntas que as pessoas sempre fazem é respondida... Muitas pessoas hoje estão afastadas da Igreja (e não digo em relação somente à minha) pois talvez algum dia alguém as proibiu de fazer uma coisa qualquer, que talvez para elas fosse de grande importancia.
Em Mateus 7, podemos ler :
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele Dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E, em teu nome, não expulsamos demônios? E, em teu nome, não fizemos muitas maravilhas?
23 E, então, lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade.
Do que adianta abrir mão de muito tempo da sua vida, trabalhar na pastoral X, fazer parte do movimento Y, chorar quando participa de um momento mais marcante em um encontro, saber todas as pasagens da Bíblia de cor e viver citando-as por aí e no fim esquecer o maior fundamento de todo serviço, vida em comunidade e maior ensinamento de Cristo: AMAR !
É triste, e pior é saber que além de não saberem acolher, e mais, de expulsarem as pessoas da casa do seu próprio pai, esses que julgam poder mais do que outros estar na presença de Deus, além de comprometerem a difusão do AMOR, da IGREJA e de tudo que CRISTO nos pede , não se satisfazem apenas em serem grandes referências de contra-testemunho, além disso, não têm a humildade de assumir seus erros e tentar ajustar a situação.Fiquemos sempre atentos para que a vaidade não tome conta de nós e faça com que tudo que semeamos para a Eternidade seja destruído, como se após anos contruindo um grande castelo uma bomba fosse acionada e em segundos derrubasse toda construção.
Não somos aptos a julgar quem pode fazer isso ou aquilo, seja em relação a Igreja ou mesmo em outras situações do nosso cotidiano. O juiz de nossas vidas é única e exclusivamente Deus, ele que jamais pecou é o único que pode nos julgar e mesmo assim age com misericórdia, então CUIDADO com seus preconceitos e atitudes!
